quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A casa do lago

E aê pessoal, tudo tranquilo? Praticamente perambulando pelo mundo dos mortos (em outras palavras, sem aparecer por aqui), eis que retorna ao blog um ser mentalmente e fisicamente cansado, mas louco para escrever mais e mais sobre sua experiência: EU! Não entrando no mérito desse desgaste (pelo menos não por agora), vamos ao que interessa.

Após três dias de minha chegada no Canadá, parti com Danilo e toda a família de Heather (minha cunhada) para a casa do lago, normalmente chamada de "Cottage" pelos canadenses Anglofônicos. Uma viagem que duraria ao menos 8 horas pelas curvas e buracos das BRs do nosso Brasil, foi feita em 5 horas pelas bem cuidadas "highways" de três a cinco faixas daqui. Uma maravilha, sem contar com a sinalização presente em cada canto. É possível manter por longos períodos uma média de 120 km por hora. É um imenso retão que corta o país de leste a oeste e faz inveja a qualquer estradinha baiana.


Chegando lá, o já esperado: uma casinha de madeira de três quartos, um banheiro para o "número 1", uma linda vista para o lago e muitas árvores por todos os lados. Todo material sólido emitido pelo ser humano (se é que vocês me entendem) deveria ser feito num banheirinho externo de madeira. Banheirinho é bondade minha, convenhamos. A parada nada mais é que um buracão no chão, cercado de madeira, onde o povo vai pra cagar à temperatura ambiente e acompanhado dos insetos (pronto, falei!). Pra aqueles que têm intestino preso, esse "luxo" até que passa despercebido. Já para outros, como o meu irmão (hehe), aquela singela e bucólica casinha representa muito, apesar do pouco tempo que passamos lá (e acreditem, vocês não vão querer passar muito tempo lá).

O Cottage
Chega desse assunto! Vamos ao que realmente importa. O lugar é realmente bonito, apesar dos 110 degraus que temos que descer para chegarmos ao lago e da temperatura, que cai bruscamente pela noite. Chegamos com cerca de 18 graus lá e acordamos com 8 para um não tão convidativo mergulho no lago. Se é tradição local, exibicionismo ou realmente muita vontade de nadar, eu não sei. O fato é que fomos intimados a pular. Pela experiência (olha a bendita novamente) e para tomar banho mesmo, pulei. Esqueci de comentar um detalhe. Se você é um desses brasileiros fresquinhos que não aguentam ficar três dias sem tomar banho (hein?), o lago é a sua única opção. Acho que terei que abrir mais a minha mente no inverno, caso eles resolvam dar uma nova passadinha por lá.

Vista da casa
No geral, a experiência do Cottage foi muito interessante. A ideia de ficar numa casinha de madeira sem muitos recursos, sem internet ou TV, cercado por lagos e florestas, num cenário perfeito para um filme de terror ao melhor estilo "O Albergue", trás à tona o nosso lado aventureiro e nos força a buscar entretenimento nas mais adversas situações. O frio que fez e a chuva que teimava em cair, por exemplo, não foram empecilhos para passearmos de lancha, andarmos de pedalinho ( 1km/hr, apesar do esforço absurdo que tive que fazer) ou remar numa autêntica canoa canadense. Até mesmo o mergulho no lago, às 8:00 da manhã, foi extremamente válido. Após cinco minutos de agonia e sofrimento, a água até que fica quentinha, em comparação à temperatura do ar, claro. Você não sabe o que é pior, ficar ou sair da água, hehe.

Como lembrança ficam as muitas risadas dos jogos de carta, de mímicas (pra quem presenciou, o "thanksgiving" foi fantástico). Ficam também as conversas regadas a Caesar (uma bebida canadense, pelo que me falaram, que leva tomate, caldo de marisco, picles, tempero e alcool), rum e cerveja, além dos diversos petiscos, "barbacue" canadense (me recuso a chamar isso de churrasco) e tantas outras coisas que a gente comeu durante todo o dia, praticamente nos forçando a conhecer o banheirinho externo.

Pôr do sol em Port Hope
Por fim, uma passada rápida em Port Hope, a caminho de Toronto, para participar do Brazilian Day, ao som de Veveta Sangalo. Pra que melhor?!!! Curtam as fotos e aguardem por mais novidades.. tem muitas, só me falta o tempo pra escrever. Grande abraço  a todos e tenham paciência porque o bicho aqui está pegando pro meu lado ;) 


Total tranquilidade ao entrar no lago...
Outras residências no Cottage
Cogumelos na floresta
Gabi e Andrew com seus "Ugly Sticks".

Alex, Gabi e Dan
Comprando Maple Syrup

5 comentários:

Anônimo disse...

Putzzz..que inveja boa velho...fico lembro quando morei em aspen...muita neve e eu e meus amigos tiramos a camisa para bater foto na neve..foi TEEENSO, PORÉM EMOCIONANTE EU DIRIA!!!! hauhauhuahuahuahuah
Que casa irada...não tem LUZ não eh? rs O vizu eh show de bola..tas bem em viu David!! One day!! Agora o que não da eh tomar essa coisa com tomate ai(Caesar)goguento isso...vou levar uma Talagada(cachaça) daqui, e ai sim eles irão descobrir o que uma ÓTIMA bebiba Brasileira!!! heheheh
Que bom que estar curtindo!!
Good vibes and take care ur self!!
Será que você vai saber quem escreveu???
ÔH PESTE!!! hahahah

Anônimo disse...

Muitooooooooooooooo bom! =)))

David disse...

HAHAHAHA... "Oh peste".. se eu não soubesse quem é esse bronco falando assim, eu mudaria meu nome pra Mateus, rs.
Oh véi, Você reclamando do Caesar e vem me falar dessa tal "Ta galada" aí, hehe.. Tenha medo!!!!!!
Po cara, pode continuar mandando as good vibes.. são sempre bem-vindas!! Saudades aê.

Mateus disse...

hauhauhauhauhauhuahuahahahau
"BRONCO" Meu Deus...deve ter bebido muito "Caesar" só pode!! rs Que peste eh isso(Bronco)?? Isso sim tenha medo!! hhaaahaha
Talagada eh uma cachaça, uma das melhores na verdade...a Seleta é outra ótima também! rs
E você não deixe de postar...e o "Diário de Viagens" já começou??? Não esquece hein?!
Abraços

Luane disse...

Rapaz, vc é uma figura, David. Qualquer história na sua mão fica massa. rsssssssss
Amei, muito show! Tô me divertindo nesse blog. rs